Dia 21 de junho é o DIA INTERNACIONAL DO YOGA

 

 

Viva essa sabedoria milenar!

 

São diversas as abordagens, tradições, estilos de Yoga existentes atualmente, todas buscando fazer despertar nos praticantes a essência deste profundo manual, pleno em ensinamentos, que trata de questões eternas do ser humano, e que surgiu milênios atrás.

O Yoga-Tattva-Upanishad, composto de 142 versículos, define quatro tipos principais de yoga: MANTRA, LAYA, HATHA E RAJA.

Georg Feuerstein os define, sucintamente, da seguinte forma:

Mantra Yoga = consiste na repetição meditativa de uma frase ou sílaba sagrada que é transmitida e “potencializada” pelo mestre. O som interior sutil (nâda) é o maior mantra.

Laya Yoga = o caminho da concentração meditativa e do trabalho energético sutil

Hatha Yoga= a força vital intrínseca ao corpo é usada para a transcendência do ego.

Raja Yoga = a disciplina real, também chamada de Ashtanga-Yoga, os oito angas de Patanjali.

Na obra de Laura Packer aprendemos que existem sete Escolas Clássicas do Yoga, complementando os tipos descritos acima:

1) RAJA YOGA - o caminho do domínio da mente: propõe um conhecimento profunda da mente e dos seus processos mentais – Yoga Sutra de Patanjali;

2) KARMA YOGA - o caminho da ação: caminho do Yoga que explica a filosofia da reta ação, do trabalho inegoísta e expõe o método pelo qual a alma individual pode libertar-se dos laços do karma (ação e reação) – ação para o bem de todos – “...mantendo-nos tranquilos diante do mérito ou do demérito; do fracasso ou do sucesso; diante da perda ou do ganho”. (BG, II-38);

3) JÑÄNA YOGA - o caminho do conhecimento: caminho do conhecimento que conduz à sabedoria; conhecimento metafísico sobre a real natureza do espírito – Brahman é Atma e Atma é Brahman – não dualismo – Upanishads, Viveka-cudamani de Shankara, Brahma Sutra de Badarayana e a Bhagavad Gita.

4) BHAKTI YOGA - o caminho da devoção: caminho da devoção pela qual se realiza a verdadeira comunhão da alma com a Suprema Divindade – é despertar um amor intenso a Deus – ardente amor por todos os seres. Utiliza-se de orações, recitação de mantras e cantos devocionais, meditações e rituais para elevar a mente e purificar o coração.

Esses quatro primeiros caminhos são considerados por Sivananda e Vivekananda como os QUATRO YOGAS DE AUTORREALIZAÇÃO: fundamentais no caminho de libertação individual por serem práticas que se retroalimentam no processo de lapidação do ser.

Por fim, apresentamos uma breve descrição dos outras três Escolas Clássicas:

5) HATHA YOGA: o caminho do esforço determinado;

6) MANTRA YOGA: o caminhos através dos sons e palavras de poder;

7) KUNDALINI YOGA: o caminho pelo equilíbrio das forças ocultas.

E mesmo no mundo moderno, em que se podemos ter contato com tradições vindas de milênios ou alguma recém criada moda de surf yoga, ou qualquer outra invenção o que vale, a princípio, é a intenção.

Pois todas essas “versões” buscam no yoga é o que há de mais sagrado do ser humano, o nosso ser interior, nosso Purusha, nossa essência, que buscamos conhecer através dos diversos métodos e técnicas oferecidas pelo vasto conhecimento do Yoga.

Seja pela devoção do Bhakti Yoga; pelos métodos de purificação e ascese do Kriya Yoga; pela ação auto transcendente ensinada de modo explícito no Bhagavad-Gita com a disciplina do Karma Yoga, o fazer bem ao mundo (loka-samgraha); ou pela Kundalini Yoga  com seu trabalho de controle da respiração e bandhas para conter a força vital dentro do corpo; ou ainda na origem do hatha yoga e nos ensinamentos do Tantra, agradecemos pela existência de todas as linhas que respeitam o ser humano e honramos os Gurus, Mestres,  Acharyas, Swamis e Professores que propagam essa sabedoria com consciência e dedicação.

 

Om Tat Sat !

 

Aliança do Yoga

 

Fontes:  A senda do Yoga – Filosofia, prática e terapêutica, Laura Packer, 4ed. Págs 25-35.

               Uma visão profunda do Yoga, Georg Feuerstein, 2005, Pág 42